OPINIÕES
Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2005
2005 em filmes
Para a Rita, os 10 melhores filmes de 2005, à semelhança de 2004, voltam a ser... 14!
A ordem é a arbitrária, o visionamento obrigatório:
“BROKEN FLOWERS - FLORES PARTIDAS”, de Jim Jarmusch (2005)
“FERRO 3”, de Kim Ki-duk (2004)
“ELIZABETHTOWN”, de Cameron Crowe (2005)
“CACHÉ”, de Michael Haneke (2005)
“LE COUPERET”, de Costa-Gavras (2005)
“THE BROTHERS GRIMM”, de Terry Gilliam (2005)
“DE BATTRE MON COEUR S'EST ARRÊTÉ”, de Jacques Audiard (2005)
“OS EDUKADORES”, de Hans Weingartner (2004)
“THE BALLAD OF JACK AND ROSE”, de Rebecca Miller (2005)
“SIN CITY”, de Robert Rodriguez e Frank Miller (2004)
“DER UNTERGANG – A QUEDA”, de Oliver Hirschbiegel (2004)
“THE LIFE AQUATIC WITH STEVE ZISSOU”, de Wes Anderson (2004)
“GARDEN STATE”, de Zach Braff (2004)
“CLOSER”, de Mike Nichols (2004)
“MAR ADENTRO”, de Alejandro Amenábar (2004)
Um 2006 cheio de bons filmes!
Sexta-feira, 23 de Dezembro de 2005
Natal em Cinema
SRC=http://images.rottentomatoes.com/images/movie/gallery/1152567/photo_16.jpg>ALIGN=JUSTIFY>O Natal é uma época em que o pensamento de paz e harmonia deve estar no coração de todos. Por isso, o cinema é sempre uma boa opção para fugir às reuniões familiares com pessoas que só vemos de ano a ano e que nada têm a ver connosco, ou para evitar as músicas e luzes de Natal que se espalham por toda(s) a(s) cidade(s) e nos põem os nervos em franja.
ALIGN=JUSTIFY>Aqui ficam algumas sugestões (menos politicamente correctas) de filmes para este Natal:
ALIGN=JUSTIFY> “TRADING PLACES” (John Landis, 1983) - com Dan Aycroyd, Eddie Murphy e Jamie Lee Curtis
“MERRY CHRISTMAS MR. LAWRENCE” (Nagisa Oshima, 1983) - com David Bowie
“SILENT NIGHT, DEADLY NIGHT” (Charles E. Sellier Jr., 1984)
“DIE HARD” (John McTiernan, 1988) - com Bruce Willis
“THE NIGHTMARE BEFORE CHRISTMAS” (Henry Selick, 1993) - da autoria de Tim Burton
“THE REF” (Ted Demme, 1994) - com Denis Leary e Kevin Spacey
“REINDEER GAMES” (John Frankenheimer, 2000) - com Ben Affleck e Charlize Theron
“THE FAMILY MAN” (The Family Man, 2000) - com Nicholas Cage
“BAD SANTA” (Terry Zwigoff, 2003) - com Billy Bob Thornton
ALIGN=JUSTIFY>Não esquecendo os mais sensíveis:
“SCROOGED” (Richard Donner, 1988) - com Bill Murray
“HOW THE GRINCH STOLE CHRISTMAS” (Ron Howard, 2000) - com Jim Carrey
“LOVE ACTUALLY” (Richard Curtis, 2003) - com Hugh Grant e Colin Firth
“THE POLAR EXPRESS” (Robert Zemeckis, 2004) - voz de Tom Hanks
ALIGN=JUSTIFY>Em cartaz:
“NOEL” (Chazz Palminteri, 2004) - com Susan Sarandon e Penélope Cruz
ALIGN=JUSTIFY>Brevemente:
“JOYEUX NÖEL” (Christian Carion, 2005) - com Diane Kruger, Guillaume Canet e Daniel Brühl
ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA SIZE=1>Foto:
“Jarhead” (2005) de Sam Mendes, com estreia prevista para 12 de Janeiro (acho que não se passa no Natal, mas qualquer desculpa é boa para ter aqui uma foto do Jake Gyllenhaal - se o Pai Natal fosse assim, eu ainda acreditava nele...).
Quinta-feira, 22 de Dezembro de 2005
KONG vs. KONG
SRC=http://www.artprints.com/images/EDL/large/EDL8171.jpg>
ALIGN=JUSTIFY>Aproveitando o embalo dado pela ida ao cinema para ir assistir à versão de King Kong de Peter Jackson, avancei finalmente para a visão do filme original (cujo DVD se mantinha quase esquecido numa prateleira há uns bons meses, sem que eu me decidisse a pegar nele). E a verdade é que, apesar de partir de uma clara situação de desvantagem (equivalente à diferença entre a sala 4 do Monumental e a minha televisão com ecrã de 38 cm e um sistema de som comprado no Lidl), o filme de 1933 de Cooper e Schoedsack, aguenta-se muito bem. Ou melhor dizendo, ganha em toda a linha.
ALIGN=JUSTIFY>É verdade que os efeitos especiais e o trabalho de direcção artística no filme de Peter Jackson são excepcionais (este Kong de Jackson é um prodígio técnico, ainda melhor que o Gollum do "Senhor dos Anéis") mas a versão original tem o encanto de um verdadeiro série B de antigamente, que nenhum filme hoje consegue repetir. Veja-se a forma como o filme original, com uma notável economia narrativa, consegue contar quase a mesma historia do que Jackson em metade do tempo, e, ainda assim, manter uma carga de exotismo, e mesmo de magia, que a versão de hoje não consegue.
ALIGN=JUSTIFY>E depois há a decisão de Jackson em transformar King Kong numa história de amor (na versão original a atracção de Kong pela miúda loura funcionava acima de tudo no campo do desejo, e, o que em último caso tornava tudo ainda mais dramático, tratava-se de um desejo não correspondido). Reconheço que é esta opção que transforma o filme de Jackson em mais do que um simples upgrade tecnológico do filme original, mas há alguma coisa de primordial que o primeiro filme tinha, que se perde por este caminho.
ALIGN=JUSTIFY>Os defensores deste novo Kong poderão avançar com o argumento Naomi Watts para fazer pender a balança para o King Kong de Jackson, e embora eu neste ponto assine por baixo, tenho que reconhecer que os gritos de Fay Wray não lhe deixam de dar o seu encanto (e fosse este o principal factor de avaliação, e por favor não pensem que estou de forma alguma a minimizá-lo, então o vencedor teria que ser a versão já quase esquecida de 1976, de John Guillermin, com uma Jessica Lange ainda em princípio de carreira. Mas acho que começo a afastar-me um pouco da questão cinéfila da coisa).
ALIGN=JUSTIFY>Em último caso, a coisa resume-se ao macaco. E por incrível que pareça, entre o prodígio digital de hoje e a massa negra (aquilo será plasticina ?), animada em stop-motion, do Kong de 33, eu opto por este.
ALIGN=JUSTIFY>Concordo que ao nível da interpretação, o Kong digital de Jackson bate aos pontos o original, principalmente tendo em conta que este basicamente se limita a abrir a boca e a revirar os olhos (mas poder-se-á dizer em sua defesa que se trata de uma técnica de interpretação mais minimalista, um pouco na linha de um Bill Murray por exemplo) mas ao tornar Kong mais realista (se é que se pode falar de realismo quando se está a tratar de um gorila de 7 metros de altura) a tecnologia acaba por lhe retirar a carga mística que o Kong original tinha. A verdade é que o Kong de Jackson é só um gorila grande, enquanto que o Kong original era muito mais do que isso, era como que um buraco negro onde é possível corporizar todos os medos.
ALIGN=JUSTIFY>Em última análise, esta luta de Kongs trata-se de facto de uma batalha desigual, entre um comum blockbuster dos dias de hoje (ok, um blockbuster melhor que 90% dos outros blockbusters que para aí andam, mas mesmo assim não mais do que isso) e um filme mítico da historia do cinema, que mais de 70 anos depois da sua estreia continua a manter o mesmo carisma. E que continuará sem dúvida a ser a versão definitiva desta história. Deixem só a poeira do marketing acalmar. E daqui a 70 anos falamos outra vez sobre isto.
COLOR=#AAAAAA>por Sérgio
Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2005
A PRENDA DE NATAL PERFEITA *. . . PARA QUEM NÃO TEM DINHEIRO PARA UM IPOD
SRC=http://www.dvdmania.co.pt/Imagens/Destaques/00059-06.jpg>
ALIGN=JUSTIFY>O que estou a falar é do pack DVD recentemente editado com as 2 longas-metragens de Lucrecia Martel, a maior revelação cinematográfica deste século (e é indiferente para esta avaliação que se considere o início do século o ano 2000 ou, se se quiser optar por uma perspectiva mais científica, o ano 2001) e a melhor coisa vinda da Argentina desde Beto Acosta.
ALIGN=JUSTIFY>Lucrecia Martel apesar de só contar com 2 longas no seu curriculum é já uma aposta segura do cinema de hoje, dotada já de uma identidade muito própria (não correremos o risco de a ver perdida por Hollywood, como parece acontecer com quase todos os realizadores sul americanos que se destacam), praticante de um cinema quase sensitivo, obsessivo nas suas temáticas e sem grandes concessões (em Martel não encontramos os truques do costume para agarrar o espectador, não temos personagens ou situações com que facilmente nos identifiquemos, enquadramentos e planos sofisticados, os argumentos sugerem mais do que revelam e não se encaminham para finais em que tudo se resolve) e no entanto consegue ser um cinema que não se perde fechado em si (não é um "Alice" por exemplo) e não é um cinema cru, que afasta à primeira o espectador menos predisposto (Martel não é Pedro Costa, sem desprimor para este, que considero o melhor realizador português na actualidade e o único da sua geração capaz de atingir os patamares de Oliveira ou César Monteiro). Bem pelo contrário, os filmes de Martel conseguem envolver-nos desde as primeiras cenas e, se não nos transportam para dentro deles, conseguem transpirar para as salas de cinema os ambientes que por eles trespassam. Com apenas dois filmes, Lucrecia Martel consegue já ter mais obra que a maioria dos realizadores que por aí andam. E ocupando unicamente o espaço de 2 DVDs.
ALIGN=JUSTIFY>Em última análise, se o ano de 2005, cinematograficamente falando, tinha começado em grande com a estreia comercial da sua segunda obra, "La Niña Santa" e a possibilidade de revisão da primeira, "La Cienaga", tem um fim à altura, com a agora possibilidade de as levar para casa, juntinhas, para revisões múltiplas e embelezamento da estante já esgotada no que a espaço para mais DVDs diz respeito.
ALIGN=JUSTIFY>E pela módica quantia de 15 euros, o que o torna o melhor negócio com que me deparei desde um Best of... de Velvet Underground a 500 escudos, comprado num hipermercado qualquer muitos natais atrás.
* (ainda melhor que uma biografia do Vale e Azevedo)
COLOR=#AAAAAA>por Sérgio
Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2005
a MAIOR história de amor...
ALIGN=JUSTIFY>Quero um amor cheio de pôr-do-sol, um amor apesar de todas as diferenças, um amor contra todas as expectativas. Quero um herói forte, que me proteja e que, por mim, corra os maiores perigos. Um herói que só para me ver seja capaz de dar a própria vida.
ALIGN=JUSTIFY>Quero um como o dela...
SRC=https://fotos.web.sapo.io/i/Nde07b1dc/10290272_oOZHh.jpeg>
Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2005
A melhor citação
“Frankly, my dear, I don't give a damn.”
CLARK GABLE (Rhett Butler) para Scarlett O'Hara (Vivien Leigh) in GONE WITH THE WIND (1939), de Victor Fleming
Esta é, para mim, a melhor tirada final de sempre do cinema.
Pena é que, para se apreciar toda a sua dimensão, é preciso suportar a agonia do filme e a irritante Scarlett O'Hara.Quero um como o dela...